quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Mais que evangélicos - Discípulos!

Temos vivido como Igreja, o maior e mais expressivo crescimento já visto antes. Porque não dizer também, uma das fases mais belas do Evangelho em nossa terra. Há alguns anos atrás éramos chamados, pejorativamente, de protestantes; éramos então, aqueles que estavam fugindo da até então regra religiosa do país.

Mas o tempo passou e isso se amenizou, passamos a ser conhecidos como “crentes”, e ainda éramos motivo de muitas chacotas e preconceitos. Na escola, lembro-me como se fosse hoje, quando se perguntava se tinha algum crente, uns dois com muita vergonha levantavam a mão entre risos preconceituosos dos colegas. Que tempo esse! E o que se tinha era um estereótipo... cabelos compridos, roupas longas e bíblia debaixo do braço. Éramos também os “irmãos”. A religião do “tudo não pode”. Tempos difíceis de manifestar a fé.

Hoje estamos numa fase mais tranqüila, que por um lado nos dá privilégios, mas por outro nos traz muitas responsabilidades. E é sobre esses cuidados que precisamos ter nessa fase tão gloriosa, mas ao mesmo tempo tão perigosa; que queremos falar com vocês.

Estamos hoje entre as nações mais evangelizadas do mundo, e Rondônia está entre os estados onde há o maior número de evangélicos do país. Portanto, somos o povo que mais conhece o Evangelho no mundo. Isso sem falar que somos também o país com o maior número de crentes batizados com o Espírito Santo do mundo.

Mas é um momento delicado porque será vergonhoso para nós se com tudo isso não fizermos diferença. Se ainda formos corruptos, sensuais, idólatras e etc. Hoje somos tão aceitos; porém, não sabemos até que ponto é porque conquistamos espaço e caímos na graça do povo como em Atos 2 ou porque crescemos apenas numericamente, mas nos acomodamos e cedemos nos valores e princípios, e por isso não incomodamos mais. Até somos moda hoje! As vezes esse é o risco desse momento de junto com o espiritual vir muita coisa misturada. Vi esses dias um grupo de música indecente dizer que eram evangélicos. Veja se pode isso! O inimigo é estratégico. Sabe aquele dito... se você não pode vencê-los junte-se a eles?? Pois é. Além disso, muitas vezes temos visto uma barganha, no afã de arrebanhar mais gente ainda, se negocia a qualquer preço e passamos a mostrar às pessoas um evangelho barato... Venha do jeito que está e permaneça assim, basta mudar pra nossa religião. Porém a Bíblia diz: “Se separarmos o santo do profano, seremos a boca de Deus.” Jr 15.19 e “Se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo.” II Co 5.17.

Portanto, não basta sermos a maior religião do país, até porque Evangelho é muito diferente de religião. Religião é esforço humano pra tentar alcançar Deus (impossível!), e Evangelho é obra da graça de Deus pra nos alcançar. (“Ninguém vai ao Pai se não por mim”). Aleluia! Por isso o chamado do Pai para nós é para sermos discípulos.

E meditando sobre isso, me veio quais os critérios da Palavra para sermos discípulos de Jesus. Ele disse: “Se alguém quiser ser meu discípulo, negue-se a si mesmo, tome a cada dia a sua cruz e siga-me.” Mc 8.34

Para sermos discípulos é necessário:

1 » Querer

Jesus não obriga ninguém, é uma escolha nossa. Muitos querem ser evangélicos, mas não querem ser discípulos autênticos. Quando o discurso de Jesus pesou, muitos na multidão foram embora. Mas os discípulos permaneceram. Decida agora onde você quer estar.

2 » Negar-se

Isso nos fala de renúncia de tanta coisa em nós que não agrada a Deus. Mentira, orgulho, fama, avareza, sensualidade... muitas vezes coisas tão sutis tentam minar nossa fé em Jesus, mas é tempo de renunciar tudo por amor a Jesus. Até seu próprio querer como fez Abraão que entregou o que lhe era mais precioso. Mas abençoou as famílias das nações com aquela decisão.

3 » Tomar a cruz a cada dia

É o esgotamento do Eu. “Não mais eu, mas Cristo vive em mim.” Gl 2.20. Se tomar a cruz de Cristo, ressuscito com Ele e vivo a vida dele aqui na terra. E sou cheio do Espírito que o ressuscitou dentre os mortos. A morte, o pecado, as obras da carne já não operam em mim, mas sim o fruto do Espírito: amor, paz, alegria, longanimidade... Se isso não é visível em nós, é bom questionarmos se de fato somos discípulos. Vale a pergunta: Tenho tomado a minha cruz?

4 » Seguir Jesus

Muita gente quer o título, a posição, mas não o preço. Certa vez um homem admirando um conhecido pregador da Palavra, no seu coração desejou aquela posição. E na mesma hora o Espírito o ministrou: você não sabe o preço que ele paga por isso. Ele humildemente se alinhou ao propósito de Deus ali. Seguir Jesus tem um preço, resta saber se estamos dispostos a pagá-lo. E só cada um sabe qual é seu Isaque, quais são suas riquezas para entregar ( no caso do jovem rico), e melhor ainda Deus conhece e sonda nosso coração.

Em fim, temos uma caminhada a percorrer. E só causaremos impacto de fato em nossa terra se formos discípulos de Jesus que têm realidade de vida. Assim o mundo vai olhar e ver a própria vida de Deus em nós. Esse tem sido um clamor do nosso coração. Por mais que uma mudança cultural, mas sim no espírito de cada pessoa da nossa cidade, de nossa nação; a começar por nós a Igreja. Que o Pai nos ensine a sermos discípulos de verdade e que nossa vida reflita a sua luz, para iluminar o mundo que está em trevas. Brilhe discípulo de Jesus!!!

“Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus.”  Mt 5.16

um grande abraço a todos.
pr. max millian

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