PARA MEDITAR.
O vocábulo “excelência” expressa aquilo que está
em primeiro lugar, o que tem a primazia, o que a tudo supera. A palavra
pronunciada por Deus, sempre se coloca numa posição superior a todas e demais
palavras. A razão é óbvia, quem pode proferir palavras com maior sabedoria e
autoridade do que aquele que criou o universo e tudo o que nele se encontra? A
Bíblia é a Palavra de Deus dirigida aos homens.
Ela é, sempre, uma palavra final, soberana e eterna
– “Pois toda carne é como a erva, e toda a sua glória, como a flor da erva;
seca-se a erva, e cai a sua flor; a palavra do Senhor, porém, permanece para
sempre” (I Pedro 1.24,25). O que procede de
Deus é imutável e permanente, o que se origina no homem é efêmero e precário.
Eis um das fortes razões para que a igreja, serva de Deus para servir ao mundo,
deve conhecer e viver sob a instrução da Palavra divina.
Deus ao decidir criar o homem e a mulher,
anunciou o fato com a sua própria voz – “Façamos o homem à nossa imagem,
conforme a nossa semelhança”. Tudo se origina da palavra que Deus pronuncia.
Após criar o primeiro homem, ele “os abençoou e lhes disse...” (Gênesis 1.26), isso atesta que
ele busca se comunicar com o ser que criou, falando-lhe. Deus nunca deixou de
se dirigir aos homens, pois, ele é o afetuoso Pai que anseia por tê-los como
membros da sua família eterna.
O testemunho que encontramos no livro de Hebreus
diz: “Havendo Deus, outrora, falado, muitas vezes e de muitas maneiras, aos
pais pelos profetas, nestes últimos dias, nos falou pelo Filho, a que
constituiu herdeiro de todas as cousas, pelo qual também fez o universo” (Hebreus 1.1,2). E o evangelho de
João atesta: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo
era Deus” – “E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de
verdade” (João 1.1,14). Jesus é o Verbo
– a Palavra – de Deus por excelência – “Pois o enviado de Deus fala as palavras
dele” (João 3.34). Jesus é a
Palavra de Deus que é amor, mesmo quando ele profere um julgamento.
Na Bíblia nós encontramos - de Gênesis ao
Apocalipse - testemunhos sobre a pessoa e a obra de Jesus. Essas declarações
são os pontos mais altos de toda a palavra que veio de Deus, para que o homem
conheça o seu propósito eterno de salva-lo, pois, está distante dele. Desde
Abel, no Antigo Testamento, até os profetas, encontramos homens e mulheres que
“morrem na fé, sem ter obtido as promessas; vendo-as, porém, de longe” (Hebreus 11.13); eles creram nas
palavras proféticas de Deus, e compreenderam que elas se realizariam com a
vinda de seu Filho ao mundo – “Porque quantas são as promessas de Deus, tantas
têm nele [em Jesus] o sim” (II Coríntios 1.20).
O imutável pedido de Jesus a todos que são seus
discípulos é: “Se permanecerdes em mim, e as minhas palavras permanecerem em
vós, pedireis o que quiserdes, e vos será feito” (João 15.7). Essa é uma das muitas razões pela qual nós,
individualmente, e a igreja, coletivamente, precisamos amar, conhecer e viver a
palavra divina.
A PALAVRA E A ORAÇÃO
Assim como Jesus teve que abrir a mente dos
discípulos em Emaús para que pudessem entender as Escrituras (Lucas 24.27) e, também, dos
demais discípulos reunidos quando lhes apareceu após a ressurreição (Lucas 24.40), ele deseja
abrir, hoje, as nossas mentes para que possamos “ouvir” e “crer” mais
profundamente. Para que isso ocorra, o estudo, a leitura, o ouvir da Palavra,
requerem, de nossa parte, uma atitude de oração. Assim, o Espírito Santo
revelará, ao que ora, toda a riqueza que os textos bíblicos contem - “O próprio
Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus” (Romanos 8.16). Nunca o Espírito
Santo deixa de revelar a verdade eterna aos que são filhos de Deus e estão
atentos para ouvi-lo.
O PROPÓSITO DA PALAVRA DE DEUS
II Timóteo 3.15-17 diz que as
sagradas letras “podem tornar-te sábio para a salvação pela fé em Cristo
Jesus”, e que, “Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino,
para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o
homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda a boa obra” -
“Visto como, pelo seu divino poder, nos têm sido dadas todas as cousas que
conduzem à vida e à piedade, pelo conhecimento completo daquele que nos chamou
para a sua própria glória e virtude, pelas quais nos têm sido doadas as suas
preciosas e mui grandes promessas, para que vos torneis co-participantes da
natureza divina, livrando-vos da corrupção das paixões que há no mundo” (II Pedro 1.3,4).
A PALAVRA DE DEUS PRODUZ:
VIDA –
PRODUZ FÉ
LIMPA
PRO DUZ LUZ
ENTENDIMENTO
FIRME SEGURANÇA
REGENERA
A Palavra é eterna
CONSIDERAÇÕES FINAIS:
A Bíblia deve ser o nosso alimento espiritual
diário se desejamos ser fortes e vigorosos na fé que professamos. Precisamos
ter: decisão para ler a Palavra constantemente; graça para assimilá-la;
presteza para reproduzi-la no viver diário e conhecimento para darmos
testemunho dela aos outros. Se alguém não possui o necessário entendimento para
isso, o útil conselho que a própria Escritura dá é: “Se, porém, algum de vós
necessita de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente e nada lhes
impropera; e ser-lhe-á concedida” (Tiago 1.5).
Não esqueçamos que
a Palavra é - (a) leite
que nutre – “desejai ardentemente, como crianças recém-nascidas, o genuíno
leite espiritual, para que, por ele, vos seja dado crescimento para salvação” (I Pedro 2.2); (b) água que limpa – “tendo-a purificado
por meio da lavagem e da água pela palavra” (Efésios 5.26); (c) espada
para as lutas – “Tomai também o capacete da salvação e a espada do
Espírito, que é a palavra de Deus” (Efésios 6.17); (d) mel que deleita – “os juízos do Senhor
são verdadeiros e igualmente justos,... são mais doces do que o mel e o
destilar dos favos” (Salmo 19.10); (e) fogo e martelo – “Não é a minha palavra
fogo, diz o Senhor, e martelo que esmiúça a penha?” (Jeremias 23.29); e, finalmente,
“A lei do Senhor é perfeita e restaura a alma; o testemunho do Senhor é fiel e
dá sabedoria aos símplices. Os preceitos do Senhor são retos e alegram o
coração; o mandamento do Senhor é puro e ilumina os olhos” (Salmo 19.7,8). Amém.
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