Quando o
assunto é dinheiro muitos cristãos resistem. Não querem falar no assunto. A
Bíblia, porém, fala muito em dinheiro e o uso dele é um termômetro da vida espiritual
de um cristão e de uma igreja.
Deus tem uma promessa na área
do dízimo: Trazei todos os dízimos à casa do Tesouro, para que haja mantimento
na minha casa; e provai-me nisto, diz o SENHOR dos Exércitos, se eu não vos
abrir as janelas do céu e não derramar sobre vós bênção sem medida. (Ml 3.10).
1. “TRAZEI TODOS OS DÍZIMOS”
Temos uma ordem:
"Trazei". É para todos os servos do Senhor trazerem todo o dízimo.
Ninguém fica de fora nem mesmo o mais pobre. Dízimar não é uma opção, mas um
mandamento de Deus. Ele, porém, ama a quem dá com alegria.
A doutrina do dízimo é
ensinada em toda Bíblia (Gn 14.18-24; Lv 27.30-34; Nm
18.21-26; Dt 12.6, 14.28; Mt 23.23; Lc 11.42 e 18.12; Hb 7.1-10). Ele foi praticado antes da Lei, no
período da Lei e após a Lei.
No Novo Testamento a palavra
dízimo aparece nove vezes, relacionada a duas situações:
Primeiro, o Dízimo como um
dever espiritual (Lc 18.12 e Mt 23.23)
2. “À CASA DO TESOURO”
O dízimo deve ser entregue a
Deus no local por Ele estabelecido. Mas buscareis o lugar que o SENHOR, vosso
Deus, escolher de todas as vossas tribos, para ali pôr o seu nome e sua
habitação; e para lá ireis. A esse lugar fareis chegar os vossos holocaustos, e
os vossos sacrifícios, e os vossos dízimos, e a oferta das vossas mãos, e as
ofertas votivas, e as ofertas voluntárias, e os primogênitos das vossas vacas e
das vossas ovelhas. (Dt 12.5-6).
A ordem é para trazer "os
dízimos" à casa do tesouro, que é a casa de Deus. Ninguém tem direito de
dispor do dízimo. Ele é de Deus e deve ser entregue à igreja de Deus. A
desculpa: "Eu mesmo administro o meu dízimo, ajudando aos pobres ou
sustentando um missionário", não tem base bíblica. Primeiro, não existe na
Bíblia a figura do "meu dízimo", pois o dízimo será santo ao Senhor.
(Lv 27.32). O
dízimo é do Senhor. Não temos o direito nem de retê-lo nem de administrá-lo. A
ordem bíblica é: TRAZEI
TODOS OS DÍZIMOS A CASA DO TESOURO... (Ml 3.10). A
"casa do tesouro" é a Igreja que congregamos e o local onde
oferecemos cultos a Deus.
Segundo, a Bíblia declara que
devemos trabalhar para que tenhamos recursos para acudir ao necessitado (Ef 4.28). Não devemos é ajudar aos outros por meio de uma apropriação indevida
dos recursos alheios. O fim não justifica os meios. Quem retém e administra o
dízimo rouba a Deus (Ml 3.8). Seria a mesma coisa de você reter
o Imposto de Renda devido ao Governo, com a desculpa de que você mesmo é quem
vai investir em educação, saúde, segurança etc.
3. “PARA QUE HAJA MANTIMENTO NA MINHA CASA”
O
objetivo primeiro para a entrega dos dízimos é o sustento da casa de Deus: para
que haja mantimento na minha casa. Para que a igreja realize a sua obra ela
precisa dos dízimos de todos os seus membros. A prioridade na administração dos
dízimos é o sustento dos obreiros e a manutenção do culto (Ne 12.44-47; 2Cr 31.2-21). Para construções e projetos
sociais devemos realizar campanhas específicas (1Cr 29 e 2Co 8 e 9).
Se os recursos da Igreja
provenientes dos dízimos não estão sendo bem administrados pelo Conselho da
Igreja, os administradores prestarão contas a Deus. Esse não é um motivo para
deixarmos de entregar o dízimo. Também, precisamos entender que não entregamos
o dízimo à Igreja, mas ao Senhor, em ato de fé e culto. O dízimo não é uma
contribuição sindical, uma taxa por serviços prestados ou um imposto. Não
existe diante do Senhor esta diferença entre igreja rica ou igreja pobre,
pequena ou grande, mas cada igreja é avaliada por sua fidelidade ao Senhor. A
liderança da igreja local será responsabilizada por Deus.
4. “E PROVAI-ME NISTO, DIZ O SENHOR DOS
EXÉRCITOS”
Provai-me nisto é o desafio de
Deus para o seu povo. Normalmente é Deus quem prova os homens (Sl 11.5; 26.2; 66.10; Pv 17.3; Jr
11.20; 17.10). Aqui,
abre-se a oportunidade do crente provar ou testar Deus. Será que os mandamentos
de Deus funcionam mesmo? Muitos irmãos têm experimentado na sua relação de fé
com Jesus, a benção de ser um dizimista fiel. E precisamos entender que dízimo
é ato de fé, e sem fé é impossível agradar a Deus. Contudo, muitos são infiéis
a Deus gerando prejuízos espirituais para si para o desenvolvimento da Igreja.
Primeiro, precisamos entender que dízimo não é sobra, mas primícias. (Pv 3.9-10). Deus não se agrada de sobras.
Quanto maior falta nos fizer o que dedicarmos ao Senhor, tanto mais será
valioso para ele (Mc
12.41-44).
Segundo, se não formos fiéis ao Senhor jamais experimentaremos a benção do
acréscimo (Mt 6.33). Nunca sobrará nada de nosso
salário. Cumprir-se-á em nossa vida o que está previsto pelo profeta Ageu:
Tendes semeado muito e recolhido pouco; comeis, mas não chega para farta-vos;
bebeis, mas não dá para saciar-vos; vesti-vos, mas ninguém se aquece; e o que
recebe salário, recebe-o para pô-lo num saquitel furado. (Ag 2.6).
5. SE EU NÃO VOS ABRIR AS JANELAS DO CÉU E
NÀO DERRRAMAR SOBRE VÓS BENÇÃO SEM MEDIDA.
As “janelas do céu” são “as comportas dos céus” (Gn 7.11), um expressão poética para liberação abundante e irrestrita de benção.
Deus nunca falhou em suas
promessas. Faça uma experiência com Deus em relação ao dízimo, e verá a
realidade das suas promessas em sua vida. Lembre-se sempre da doutrina da
mordomia. O homem pertence a Deus por direito de criação, (Gn. 1:27; 2:7), por direito de preservação(At. 14:15-17; Cl. 1:17) e por direito de redenção (1 Cor. 6:19-20; Ap. 5:9). Tudo que somos e temos pertecem a
Deus.
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