quarta-feira, 27 de junho de 2012

O GLORIOSO MINISTÉRIO DA PREGAÇÃO







Texto: I Tessalonicenses 2:1-13

1- Porque vós mesmos sabeis, irmãos, que a nossa entrada entre vós não foi vã;
2- mas, havendo anteriormente padecido e sido maltratados em Filipos, como sabeis, tivemos a confiança em nosso Deus para vos falar o evangelho de Deus em meio de grande combate.
3- Porque a nossa exortação não procede de erro, nem de imundícia, nem é feita com dolo;
4- mas, assim como fomos aprovados por Deus para que o evangelho nos fosse confiado, assim falamos, não para agradar aos homens, mas a Deus, que prova os nossos corações.
5- Pois, nunca usamos de palavras lisonjeiras, como sabeis, nem agimos com intuitos gananciosos. Deus é testemunha,
6- nem buscamos glória de homens, quer de vós, quer de outros, embora pudéssemos, como apóstolos de Cristo, ser-vos pesados;
7- antes nos apresentamos brandos entre vós, qual ama que acaricia seus próprios filhos.
8- Assim nós, sendo-vos tão afeiçoados, de boa vontade desejávamos comunicar-vos não somente o evangelho de Deus, mas ainda as nossas próprias almas; porquanto vos tornastes muito amados de nós.
9- Porque vos lembrais, irmãos, do nosso labor e fadiga; pois, trabalhando noite e dia, para não sermos pesados a nenhum de vós, vos pregamos o evangelho de Deus.
10- Vós e Deus sois testemunhas de quão santa e irrepreensivelmente nos portamos para convosco que credes;
11- assim como sabeis de que modo vos tratávamos a cada um de vós, como um pai a seus filhos,
12- exortando-vos e consolando-vos, e instando que andásseis de um modo digno de Deus, o qual vos chama ao seu reino e glória.
13- Por isso nós também, sem cessar, damos graças a Deus, porquanto vós, havendo recebido a palavra de Deus que de nós ouvistes, a recebestes, não como palavra de homens, mas (segundo ela é na verdade) como palavra de Deus, a qual também opera em vós que credes.

Neste texto o apóstolo Paulo nos esclarece acerca de dois aspectos que distinguem o ministério da pregação do Evangelho do Reino de Deus:  é a tarefa mais difícil e árdua dentre todos os labores do mundo;  é o trabalho mais gratificante e glorioso que se pode fazer neste mundo! 
Ao mesmo tempo que deixa claro as dificuldades e desafios que enfrenta um pregador, esclarece também a gratificação que este colhe quando cumpre bem o seu ministério.  Aprendamos, então, acerca deste difícil mais glorioso ofício com o relato do querido servo do Senhor Jesus:

 a) O MINISTÉRIO DA PREGAÇÃO É ÁRDUO COMO A LUTA DE UM SOLDADO
 v. 2 “havendo anteriormente padecido e sido maltratados em Filipos, como sabeis, tivemos a confiança em nosso Deus para vos falar o Evangelho de Deus em meio de grande combate

Atos 16 narra as dificuldades enfrentadas por Paulo e Silas em Filipos.  No capítulo 17 encontramos as informações que Paulo aqui considera conhecidas dos tessalonisences.  Durante três semanas pôde pregar na sinagoga daquela cidade.  Alguns judeus creram, muitos gentios e muitas mulheres de posição (At 17:4).  Isto gerou ciúmes e mobilizou uma multidão de judeus enfurecidos e de “homens maus e vadios”. 
Paulo e Silas deixaram Tessalônica de noite, evitando as represálias dos enfurecidos judeus.  Foram-se para Beréia.
Ser pregador é ser soldado da linha de frente!

II Tm 2:3-4  “Sofre comigo como bom soldado de Cristo Jesus.  Nenhum soldado em serviço se embaraça com negócios desta vida, a fim de agradar àquele que o alistou para a guerra.”

II Tm 4:7 (o soldado que encerra a carreira) “Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé.”

b)  O PREGADOR PRECISA RESISTIR ÀS TENTAÇÕES ESPECÍFICAS DO MIN.:
i. a tentação de querer ser agradável aos homens:  v. 4 “assim falamos não para agradar aos homens, mas a Deus, que prova os nossos corações”

Jeremias 28:  Hananias X  Jeremias   Ambos profetizam na casa do Senhor, na presença dos sacerdotes e de todo o povo.  Hananias afirma:  “Assim fala o Senhor dos Exércitos, o Deus de Israel:  Eu quebrarei o jugo do rei da Babilônia.  Dentro de dois anos, eu tornarei a trazer a este lugar todos os utensílios da casa do Senhor... bem como todos os cativos...”  nos vs. 15 e 16 Jeremias profetiza ao profeta Hananias:  “Ouve agora, Hananias, o Senhor não te enviou, mas tu fazes que este povo confie numa mentira.  Pelo que assim diz o Senhor:  eis que te lançarei de sobre a face da terra.  Este ano morrerás, porque pregaste rebelião contra o Senhor”.  (dois meses depois este morreu)
              
- evitando assuntos que incomodam,
    

- rebaixando padrões morais estabelecidos na Bíblia, etc.
     

- usando palavras lisonjeiras (vs. 5a)


ii.  a tentação de agir com intuitos gananciosos (5b)  “nem agimos com intuitos gananciosos”  Paulo fala do seu labor dia e noite (talvez fazendo tendas) para não serem pesados aos crentes.    Estavam prontos a compartilharem suas próprias vidas!  

I Pedro 5:2  “apascentai o rebanho de Deus, que está entre vós, não por força, mas espontaneamente segundo a vontade de Deus; nem por torpe ganância, mas de boa vontade”

iii.  a tentação de buscar glória de homens  (6)  “nem buscamos glória de homens”
Lc 6:26  “Ai de vós quando todos os homens vos louvarem!  Porque assim faziam os seus pais aos falsos profetas”

 c) O PREGADOR PRECISA RECONHECER QUE SEU CARÁTER É SEU BEM MAIS PRECIOSO! 
v. 10 “vós e Deus sois testemunhas de quão santa e irrepreensivelmente nos portamos para convosco que credes...”

Pv 22:1 “Mais digno de ser escolhido é o bom nome do que muitas riquezas...”

Ec 7:1  “Melhor é o bom nome do que o melhor unguento...”
 Uma citação usada por uma aluno, de um comentário de A. N. Mesquita:  “O que me rouba a bolsa, rouba um pedaço de pano, mas o que me rouba o meu bom nome, rouba-me do que mais me enriquece e deixa-me inteiramente pobre.”

 d) O PREGADOR DEVE DESEMPENHAR BEM OS TRÊS OBJETIVOS DA PREGAÇÃO:
v. 12 “exortando-vos e consolando-vos, instando que andásseis de um modo digno de Deus...”

i.“exortando”: encorajar para uma determinada linha de comportamento.

ii.“consolando”:encorajar a continuar num tipo de conduta.

iii.“instando”:  convocar para testemunhar, convocar solenemente.

Conclusão: quão difícil, porém gloriosa é a tarefa de pregar o evangelho. O vs. 13 expressa esta dupla característica:

“...havendo recebido a palavra de Deus que de nós ouvistes, a recebestes, não como palavra de homens, mas como palavra de Deus, a qual também opera em vós que credes.” 


por. pr max millian

segunda-feira, 25 de junho de 2012

O INCENSO - Oferecendo incenso ao Eterno





O Incenso desde a antigüidade é oferecido a deuses, como vemos nas Escrituras Sagradas. Acontece que o Eterno, sendo o DEUS verdadeiro, pede a seu povo que se chama pelo Seu Nome, que lhes sejam fiéis e lhe ofereçam o Incenso puro como ao único EL (D-us) verdadeiro.
          O Eterno por diversas vezes, usou seus profetas para corrigir o seu povo, que estavam queimando incenso a outros deuses. E o pior, esqueceram de queimar ao EL (D-us) de Israel.
          Talvez os amigos que estão acompanhando esta leitura nem imaginem a tristeza que causamos ao nosso EL (D-us), ao não lhe oferecermos esta sagrada oferta.
          O nosso objetivo neste estudo é despertá-los para este pensamento, e que refletindo sobre o que demonstraremos nas Escrituras possas também queimar o incenso ao EL (D-us) Único.

          O Eterno deseja a oferta do Incenso

          O Eterno no Monte Sinai, disse que daria os seus Mandamentos para nos ensinar; e logo tratou de orientar a Moisés a fazer a sala de aula, isto é, o Tabernáculo.
          "Faça-me um Tabernáculo e habitarei no meio de vós."
          E foi através dos utensílios do Tabernáculo, que as Escrituras Sagradas fala do Incenso. Êxodo 25:6,29:
           "Farás também um altar para queimardes nele o Incenso. Êxodo 30:1
           O Incenso que era oferecido entre as duas tardes, seria o Incenso contínuo perante o Eterno, pelas gerações. Êxodo 30:8
          O local do incensário era da Arca do Testemunho. Êxodo 40:5
          A primeira vez que se ofereceu Incenso no Tabernáculo, encontra-se em Êxodo 40:27, que diz... como o Eterno ordenara a Moisés .

          O Incenso aplaca a ira do Eterno

          Corá, Datã e Abirão, e mais duzentos e cincoenta homens, foram contra as autoridades de Moisés e Arão, querendo ser eles os dominadores do povo de Israel.
          Moisés para provar a quem o Eterno se agradava na direção do povo, fez um desafio através da queima do Incenso. Falou ao grupo de Corá, que deveriam oferecer o Incenso ao Eterno, e Arão e seu grupo, fariam o mesmo, para ver a quem o Eterno escolheria. 
          O Eterno escolheu á Árão; e alguns do povo murmuravam. Então o Eterno mandou uma praga no acampamento, aonde morreram 14.700 pessoas.
          Moisés pediu rapidamente á Arão, que queimasse o Incenso ao Eterno no meio do povo; e logo a praga cessou. Moisés poderia se utilizar de várias coisas, como a oração... Mas foi através do Incenso que houve a libertação. 
          Moisés sabia o valor do Incenso, o que ele causaria nos sentimentos do Eterno. Números 16.
          Aproximadamente 500 anos após a saída do Egito, Salomão construiu o Templo ao Eterno. E quais eram as suas intenções? Ele diz que, está pronto para edificar a Casa ao Nome do Eterno meu D-US, e lha consagrar para queimar perante Ele o Incenso... e completa mais adiante ... E quem sou eu para lhe edificar a Casa, senão para queimar Incenso perante Ele? II Crônicas 2:4 e 6.
          Viram como Salomão, sendo o homem mais sábio do mundo, achou que o Eterno se agradava do Incenso?



por . pr  max 

quarta-feira, 20 de junho de 2012

versículo do dia.




JOSUÉ 1


5  Ninguém te poderá resistir, todos os dias da tua vida; como fui com Moisés, assim serei contigo; não te deixarei nem te desampararei.
6  Esforça-te, e tem bom ânimo; porque tu farás a este povo herdar a terra que jurei a seus pais lhes daria.

terça-feira, 19 de junho de 2012

VERSÍCULO DO DIA!


                               Nm 23.8

Como amaldiçoarei o que Deus não amaldiçoa? E como denunciarei, quando o SENHOR não denuncia?

O PODER DE DEUS.







Você confia no poder de Deus?

Você acha que um Deus poderoso se preocupa com você?

A história bíblica de hoje é uma história singela, interessante, e demonstra o poder e o amor de Deus de uma forma muito clara nas coisas mais humildes, nas coisas mais simples da vida.
O grande profeta Eliseu, saiu com um grupo de moços para preparar a construção de um colégio que a Bíblia chama de escola dos profetas. Como primeira tarefa eles foram cortar a madeira para erigir essa escola.
Um dos moços que tinha um machado emprestado, de repente começou a dizer: "Profeta, preciso muito da sua ajuda. Eu estava preparando esta madeira para a construção e o machado que eu tomei emprestado de alguém, caiu, e o ferro afundou. O que eu vou dizer, e o que vou fazer agora? Não tenho dinheiro para pagar. Peça a Deus que me socorra, pois eu não tenho saída para isso."

E o profeta, no silêncio da sua reflexão falou com Deus: "Senhor, ajuda este moço, recupera esse machado". Confiando em Deus, Eliseu coloca uma madeira no rio e o milagre acontece.
O machado vem à tona. Em paz e com o coração agradecido ao Deus que tem poder, o rapaz voltou ao trabalho.
Este é um milagre indescritível do poder de Deus, demonstrando que Ele atende às nossas orações. Deus atende ao clamor dos filhos necessitados. - Este relato está em II Reis 6: 1 a 7
Impressionante a forma como a Bíblia facilita a nossa compreensão de que o Deus das estrelas e dos planetas, o Deus deste universo maravilhoso, cuida dos menores detalhes da vida de Seus filhos.
Que bom pensar que com Jesus não há fracasso. Você, nas suas orações, inclua seus problemas comuns, converse com esse Pai maravilhoso, sobre os seus problemas pessoais, sobre o seu trabalho, sobre sua escola, sobre seu namoro, ou sobre qualquer dificuldade, para que Ele possa transformar, solucionar, resolver. Para que Ele possa elaborar um plano para você.
Você deve sentir naquele momento em que conversa com Ele, como quem está conversando com um amigo, então este poder maravilhoso vai descer sobre sua vida. O poder de Deus pode transformar você, porque o Seu amor é imenso.
Ele sempre está com você, Ele cuida de você não só na igreja, mas também por onde anda, nos perigos que enfrenta.
Converse com Ele sempre, Ele pode fazer milagres. Se ele fez flutuar um machado de ferro, a pedido de um adolescente, Ele é capaz de fazer milagres que venham trazer felicidade ao seu coração.
Assim como Jesus fez o milagre da multiplicação, que, a partir de 5 pães e 2 peixes, alimentou quase 5.000 homens, sem contar mulheres e crianças.
O Senhor pode multiplicar pão na sua casa, o Senhor pode alimentar os seus filhos, Ele pode abençoar os seus pais.
O poder de Deus está à nossa disposição, basta apenas nos aproximarmos do Senhor com fé.
O paralítico de 38 anos se aproximou com fé. De uma maneira muito criativa foi conduzido à presença de Jesus, pelo telhado. E Jesus disse: "Filho, perdoados são os teus pecados". Marcos 2:5
A mulher que sofria de hemorragia, há 12 anos se aproximou com fé, apenas tocou o manto de Jesus, e foi curada imediatamente. Jesus Lhe disse: "Filha, a tua fé te salvou; vai-te em paz". Lucas 8:48
Se você se aproximar com fé, também vai sentir o poder de Deus. A palavra do Senhor diz em Hebreus 13:8 que Jesus Cristo é o mesmo, ontem, hoje e eternamente.
Abra agora o seu coração. Aproxime-se do Poder. Estenda a mão. Não deixe passar a chance de agarrar-se a Jesus.
Achegue-se a Ele, você sentirá Seu poder transformando a sua vida.
Quando Jesus aqui andou, Ele demonstrou o poder de deus ao curar os oprimidos, ao alimentar os famintos, ao ressuscitar mortos e tantas outras maneiras.
Ainda hoje Jesus quer manifestar o pder de Deus. Lembre-se que há poder no nome de Jesus.
Receba a palavra doce do Senhor: "Vinde a Mim todos os que estais cansados e oprimidos e eu vos aliviarei". (Mateus 11:28)
Deus tem poder para transformar vidas e corações. Ele continua esperando e dizendo: "Vinde a Mim".

Nós podemos ir para muitos lugares, mas só há um lugar seguro: os braços de Jesus

quarta-feira, 13 de junho de 2012

QUANDO UM CRISTÃO DEVE DESOBEDECER AO GOVERNO CIVIL?




Romanos 13:7 - Portanto, dai a cada um o que deveis: a quem tributo, tributo; a quem imposto, imposto; a quem temor, temor; a quem honra, honra.

Atos 5:27 ao 29 - E, trazendo-os, os apresentaram ao conselho. E o sumo sacerdote os interrogou, dizendo: Não vos admoestamos nós expressamente que não ensinásseis nesse nome? E eis que enchestes Jerusalém dessa vossa doutrina e quereis lançar sobre nós o sangue desse homem. Porém, respondendo Pedro e os apóstolos, disseram: Mais importa obedecer a Deus do que aos homens.
Quando um governo civil nega ao povo a liberdade de adorar e obedecer a Deus livremente, ele perde seu direito de autoridade divina, assim, o cristão deve se sentir livre e justificado para desobedecer.
Tomas Jefferson acreditava que, quando um governo começa a ser tirano, o cidadão tem o direito e até mesmo o dever de se rebelar contra o seu governo. O cristão, porém, é chamado para colaborar com o governo o máximo possível. Jesus não convocou uma revolução contra Roma, apesar dela ser uma subjugadora e opressora de Israel. Por outro lado, os apóstolos se recusavam a obedecer a uma ordem de não pregar e ensinar o nome de Jesus [Atos 5:27 ao 29]. Sempre que o governo civil proíbe a prática de coisas que Deus nos ordenou fazer, ou nos diz para fazer coisas que são contrarias às que Deus nos mandou, então nós estamos com toda a razão para desobedecer a esse governo. Obediência cega ao governo não é correto, mesmo que possa ser difícil e custoso, nós todos devemos nos reservar o direito de dizer não às coisas que nós consideramos opressivas ou imorais. 

PASTOR MAX CASTRO

sexta-feira, 8 de junho de 2012

Verdade sobre novos escândalos no Vaticano...


Verdade sobre novos escândalos no Vaticano jamais será revelada, assim como casos do passado


  • Andrew Medichini/AP
    Em foto tirada no dia 23 de maio, o mordomo Paolo Gabriele (na frente) acompanha Bento 16 no Papa Móvel, chegando à praça São Pedro, no Vaticano
    Em foto tirada no dia 23 de maio, o mordomo Paolo Gabriele (na frente) acompanha Bento 16 no Papa Móvel, chegando à praça São Pedro, no Vaticano
A detenção do mordomo do papa deixou a descoberto uma guerra de poder no Vaticano. O cardeal Bertone enviou para o exílio alguns de seus colaboradores mais queridos. Bento 16 tenta obter uma trégua, mas a luta é encarniçada.
Nesta história cheia de traição, métodos obscuros, soldados do Altíssimo que lutam pelo poder com armas do demônio, um mordomo ladrão, um papa doente e um banco que usa o nome de Deus em vão, talvez o único homem bom seja o padre George.
George Gänswein é alemão, tem 57 anos, 1,80 metros de altura, corpo atlético, cabelos louros, olhos claros. Há nove anos é o secretário pessoal de Joseph Ratzinger, e há alguns meses seu único antídoto contra o ar envenenado do Vaticano. Um dia não muito distante, chegou ao seu número de fax - ao qual poucas pessoas têm acesso - uma carta comprometedora dirigida ao papa.
Depois que Bento 16 a lesse, monsenhor Gänswein decidiu guardá-la em seu pequeno escritório situado dentro do apartamento papal. Não convinha que aquela missiva saísse dançando por um Vaticano transformado em campo de batalha. Por isso, quando o padre George a viu publicada em um livro, com dezenas de documentos secretos, soube imediatamente que o traidor, o corvo, a toupeira, tinha de ser alguém muito próximo. Alguém da família.
Assim são chamados intramuros. A família pontifícia. A família do papa. Os habitantes do Apartamento - assim, com A maiúsculo, é como escrevem no Vaticano - no qual Joseph Ratzinger, mais caseiro que seu antecessor, o muito viajante Karol Wojtyla, passa a maior parte do dia. Além do padre George e do outro secretário, o sacerdote maltês Alfred Xuereb, "a família do papa" é composta por quatro laicas consagradas - Carmela, Loredana, Cristina e Rosella -, uma freira que o ajuda nos trabalhos de estudo e escrita, sóror Birgit Wansing, e um assistente de câmara, Paolo Gabriele, seu fiel Paoletto, o primeiro que há seis anos lhe dá bom-dia, o ajuda a vestir-se e a celebrar a missa, o acompanha em todas as audiências públicas e privadas, lhe serve o café da manhã, o vinho nas refeições e a infusão da tarde, o acompanha em seus passeios pelo jardim do terraço e, ao cair da noite, o ajuda a despir-se e ir para a cama.

Papa Bento 16 completa 85 anos

Foto 12 de 27 - 25.dez.2010 - Papa Beto 16 transmite mensagem de Natal na Praça São Pedro, no Vaticano. Nesta segunda-feira (16), o pontífice comemora 85 anos e se torna o papa mais velho desde 1903 Mais AP Photo
"Boa noite, santidade."
A noite de 22 de maio foi a última em que Paolo Gabriele, 46, casado e com três filhos e dupla cidadania - italiana e vaticana -, acompanhou o papa. No dia seguinte, a Gendarmeria do Vaticano se apresentou em sua casa na Via de Porta Angelica, sobre o muro que separa os dois Estados, e o deteve. O segredo foi mantido por dois dias. No dia 25, no entanto, a notícia vazou: detido o mordomo do papa por revelar e divulgar documentos secretos. Os jornalistas buscam imagens do corvo, ou traidor. Não é difícil encontrá-las. Basta olhar as fotos do papamóvel. Junto do motorista, sempre com ar sério, aparece Paolo Gabriele. Atrás, de pé, distribuindo bênçãos, o papa, e no último assento, sorridente, o padre George Gänswein.
Se não fosse por seu físico - a revista "Vanity Fair" chegou a chamá-lo de monsenhor George Clooney -, o teólogo alemão seria um perfeito desconhecido. Até alguns meses atrás, George Gänswein executava exclusivamente seu papel de discreto ajudante de Joseph Ratzinger, sua sombra desde 1996, quando o então cardeal prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, a antiga Inquisição, o chamou para o seu lado. No entanto, de um tempo para cá, padre George não teve remédio senão desempenhar um papel mais delicado: o de passagem secreta para ver o papa.
Aos 85 anos, Bento 16 vive isolado em seu Apartamento, encurralado pelas lutas entre os cardeais que tentam ganhar poder antes da celebração do próximo conclave. Ratzinger é um homem idoso e doente, mas é, sobretudo, um homem só. Seu velho amigo e teórico braço-direito, Tarcisio Bertone, o secretário de Estado do Vaticano, foi se afastando dele e ao mesmo tempo se transformou no inimigo a vencer pelos demais cardeais italianos.
É acusado de ambição desmedida, de relações perigosas com os poderes fortes da Itália, inclusive de se deixar influir por "ambientes maçônicos". O papa, que nos últimos tempos observou com tristeza como o cardeal Bertone demitiu ou enviou para o exílio alguns de seus colaboradores mais queridos, sempre responde com a mesma frase a quem o aconselha a mudar de secretário de Estado; "Já sou um papa velho..."
Tenta obter uma trégua, mas o resultado é o contrário. A luta é cada vez mais encarniçada. Bertone se radicaliza e seus inimigos também não descansam. Sentado junto ao fax do Apartamento, o padre George continua recebendo cartas terríveis dirigidas a Bento 16.
Joseph Ratzinger não se parece em nada com Karol Wojtyla. É verdade que uma grande amizade os unia e que João Paulo 2º se apoiou no cardeal alemão até sua morte. O polonês era luminoso, cordial, incansável. Passava o dia apertando mãos, sorrindo, percorrendo o mundo. Em tal medida que, ainda hoje, quando se passeia pelo centro de Roma, dá a impressão de que o papa continua sendo o polonês, porque seus postais são os mais presentes, os que mais vendem.
Não era difícil, portanto, falar com João Paulo 2º, fazer-lhe chegar uma mensagem. Bento 16, por sua vez, não se apaixona pelas relações humanas. É tímido, embora cordial, sisudo, paciente, amante da leitura, mais pendente dos assuntos do céu que dos da terra. De fato, só alguns cardeais escolhidos - Ruini, Scola, Bagnasco - conseguiram demonstrar pessoalmente a ele sua opinião desfavorável sobre Bertone. Ocorreu há um ano, durante um almoço no Palácio de Castel Gandolfo, a residência de verão do papa. Os demais têm de se conformar com utilizar um canal: o fax do padre George Gänswein...
Um canal que, desde o último verão, deixa de ser seguro. O primeiro golpe chega com a divulgação, através de um programa de televisão, de uma carta do arcebispo Carlo Maria Viganò, atual núncio nos EUA, na qual conta ao papa diversos casos de corrupção dentro do Vaticano e lhe pede para não ser removido de seu cargo de secretário-geral do Governatório - o departamento encarregado de licitações e fornecimentos. Viganò, porém, é enviado para longe de Roma pelo secretário de Estado, Tarcisio Bertone. Diversas fontes afirmam que o papa chegou a chorar com essa decisão, mas não se atreveu a contradizer Bertone.
O segundo vazamento revela um suposto complô para matar o pontífice. Trata-se de uma carta muito recente enviada a Bento 16 pelo cardeal colombiano Darío Castrillón Hoyos, na qual lhe conta que o cardeal italiano Paolo Romeo, arcebispo de Palermo (Sicília), acaba de realizar uma viagem à China durante a qual teria comentado: "O papa morrerá em 12 meses". Mas não só isso. Segundo a carta do bispo colombiano, escrita em alemão e sob o selo de "estritamente confidencial", o arcebispo de Palermo despachou à vontade no país asiático, contando supostos segredos do Vaticano, como que o papa e seu número 2, Bertone, têm vontade de se matar reciprocamente e que Bento 16 está deixando tudo bem amarrado para que seu sucessor à frente da Igreja seja o atual arcebispo de Milão, o cardeal Angelo Scola.
Aqueles vazamentos de documentos, embora ainda a conta-gotas, causam comoção no Vaticano. Seu porta-voz, o padre Federico Lombardi, chega a admitir que a Igreja está sofrendo seu "Vaticanleaks" particular. O jornal "L'Osservatore Romano" publica um editorial em que descreve a situação de Bento 16: um pastor cercado por lobos.
Enquanto isso, Paolo Gabriele continua chegando todos os dias às 6 da manhã ao Apartamento para acordar o papa. É um privilegiado. Todos os funcionários do Vaticano o são. Não ganham um grande salário, mas fazem parte do plantel de uma empresa com 20 séculos de antiguidade, que dificilmente irá à falência, com prestígio social na cidade de Roma e uma série de vantagens - moradia dentro dos 40 hectares do Vaticano, gasolina muito barata - que na maioria dos casos são herdadas por seus filhos. A tempestade que nestes dias - o final de 2011 - açoita a Igreja passará. Como sempre, pelos séculos dos séculos.
Há uma anedota muito representativa. Há alguns anos, um jornalista espanhol perguntou a um cardeal sobre um conflito no seio da Igreja. O purpurado, muito sério, iniciou assim sua resposta: "Já tivemos esse problema no século 13...".
A resposta, embora com outras palavras, continua sendo a mesma, inclusive a mais comum durante os dias posteriores à detenção de Paoletto: "Já tivemos problemas parecidos, inclusive maiores, e sempre seguimos em frente. Talvez o que mude agora é a velocidade e a magnitude na difusão da notícia. Isso, e não sua gravidade, é o que amplia o problema". O problema, uma guerra de poder, puramente italiana. Tanto os sobrenomes que ilustram essa história de intrigas e golpes baixos como as armas escolhidas para o duelo têm denominação de origem. "Um típico jogo italiano", o qualificam alguns meios de informação. Além disso, há uma razão de peso para que seja assim.
A cadeira de Pedro continua sendo ocupada por um estrangeiro desde 1978. A um papa polonês (João Paulo 2º, de 1978 a 2005) sucedeu um papa alemão (Bento 16, de então até hoje) e, se os cardeais italianos com menos de 80 anos - os que podem participar do conclave - não estiverem atentos poderão perder uma oportunidade de ouro. Atualmente, os cardeais eleitores são 122. Italianos, 30 (menos de um quarto), 11 americanos e seis alemães. Se quando Ratzinger morrer ou se demitir não o suceder um italiano, na próxima vez será mais difícil.
Antes inclusive do escândalo, já era patente o peso excessivo da Igreja italiana no Vaticano. Praticamente todos os cargos de responsabilidade relacionados às finanças estão em mãos italianas, apesar de os maiores contribuintes serem americanos e alemães. Da mesma forma, embora os EUA, a Ásia e a África sejam mais o presente que o futuro da Igreja Católica, no último consistório, realizado em 18 de fevereiro passado, não foi nomeado nenhum cardeal africano, e só um latino-americano.
Há alguns dias, um alto representante do Vaticano manifestou sua contrariedade: "Na América Latina já estão 47% dos católicos do mundo. Ali as igrejas estão cheias e na Europa vazias, mas o Vaticano continua demorando muito para nomear cardeais que não sejam europeus...". Miloslav Vlk, cardeal de Praga e porta-voz da Igreja Internacional, o diz sem rodeios: "Talvez tenhamos perdido o impulso que nos deram Paulo 6º e João Paulo 2º e depois recolhido por Bento 16: uma Igreja que se abre para o mundo, um colégio cardinalício e uma Cúria mais internacionais, e portanto mais capazes de escutar as vozes e captar a energia que chegam também de longe".
A detenção do mordomo ocorre algumas horas depois de outro fato muito grave. A demissão fulminante de Ettore Gotti Tedeschi, presidente do Instituto para as Obras de Religião (IOR), conhecido como Banco Vaticano. A primeira explicação fala em "irregularidades em sua gestão", mas depois o tom vai aumentando até chegar quase ao linchamento. A primeira explicação oficial critica o economista de 67 anos por "não ter desenvolvido funções de primeira importância para seu cargo".
A verdade é que o Banco Vaticano está sendo submetido desde setembro passado a uma investigação judicial por suposta violação das normas contra a lavagem de capitais. Além de Gotti Tedeschi - presidente também do Santander Consumer Bank, a filial italiana do Banco Santander -, a promotoria investiga o diretor-geral do IOR, Paolo Cipriani. O diretor mostra-se enfurecido em suas declarações à imprensa: "Prefiro não falar. Se o fizesse, só diria palavras feias. Debato-me entre a ânsia de explicar a verdade e não querer turvar o Santo Padre com tais explicações".
Tedeschi é dos poucos que guarda fidelidade ao papa. De fato, foi o próprio Joseph Ratzinger quem o recomendou a Bertone. Eram mais que velhos amigos. O economista, membro do Opus Dei, havia colaborado com o papa na encíclica "Caritas in veritate". Agora, a colaboração que lhe pedia era mais terrena, e, portanto, mais difícil: resgatar das mãos do demônio as contas de Deus. Limpar o Banco Vaticano. Bertone e Tedeschi se chocam. Parece que há tempo não se falam. O economista amigo do papa ameaça se demitir. O secretário de Estado se adianta e o demite. Mas não se contenta com isso. Em plena guerra de vazamentos, aparece um documento no qual se ataca o já ex-presidente...
O assunto fica em segundo lugar. Toda a atenção agora está concentrada na sorte de Paolo Gabriele. A primeira pergunta é: por que fez isso? A segunda: para quem? Roma é tomada por um bando de corvos anônimos que se dizem companheiros de Paoletto, uma espécie de cruzada contra os assuntos turvos do Vaticano. "Paoletto não está só", afirmam, "somos muitos, inclusive muito acima. Queremos defender o papa, denunciar a corrupção, fazer limpeza no Vaticano."
As vozes anônimas confirmam o que já se sabia - o Vaticano é há meses um campo de batalha entre diferentes facções que lutam pelo poder -, mas suas teóricas intenções são difíceis de acreditar. Tão incríveis quanto alguns detalhes da operação: à frente estaria uma mulher e a tropa seria formada por uma plêiade de vingadores, de cardeais a mordomos, incluindo um pirata informático. Seu principal objetivo: proteger o papa de Tarcisio Bertone.
Depois de vários dias em silêncio, o papa fala. Mas não diz nada. Remonta 20 séculos atrás para lembrar que Jesus também foi traído. Acusa os meios de comunicação de ampliar o problema e confirma em seus cargos todos os seus colaboradores - incluindo Tarcisio Bertone Os muros do Vaticano se fecham ainda mais. O mistério, sempre presente nas histórias religiosas e laicas de Roma, envolve tudo. Paoletto já falou? Disse se roubou a correspondência do papa por sua conta ou por encomenda? Talvez seja o padre George, sentado junto a seu fax, o único que sabe a verdade, talvez o único que cumpra sua função de proteger o papa. Ou talvez não. Se em alguma coisa concordam crentes e descrentes de um lado e outro do Tibre é em que, como é habitual nos assuntos referentes ao Vaticano, jamais se saberá a verdade. Nunca se conhecerá o verdadeiro chefe de Paolo Gabriele, a identidade do corvo vestido de púrpura.
A Igreja Católica, que precisa da fé para continuar existindo, continua sentindo-se cômoda na obscuridade. "Já tivemos esse problema no século 13..." Em sua primeira encíclica - "Deus caritas est" (2005) -, Bento 16 citava uma frase de santo Agostinho que hoje soa profética: "Sem justiça, o que são os reinos senão um grande bando de ladrões?"
Intrigas e as lutas de poder provocaram escândalos durante séculos
Corvos no Vaticano? Maledicência e contas pendentes resolvidas nos meios de comunicação? "Peccata minuta" diante do histórico de escândalos do Estado pontifício, um território de apenas meio quilômetro quadrado onde as lutas de poder e a ambição sem limites criaram um microclima insano durante séculos. Não é preciso retroagir aos tempos dos Borgia (transformados, com fama de envenenadores, em bodes-expiatórios de toda a depravação do Renascimento italiano) para encontrar episódios sombrios desse suposto centro da espiritualidade cristã.
Em 28 de setembro de 1978, morria aos 65 anos João Paulo 1º, o italiano Albino Luciani, 33 dias depois de ser eleito papa. Oficialmente morreu de infarto, mas o cadáver de um pontífice nunca é submetido a autópsia. As teorias conspiratórias dispararam até alcançar o bispo Paul Marcinkus, então responsável pelo Instituto de Obras da Religião, o Banco Vaticano. João Paulo 1º havia se negado a ocultar o escândalo que sobrevoava as finanças vaticanas?
Os dados que se conhecem tornam pouco plausível essa hipótese, mas a verdade é que Marcinkus, um robusto prelado americano de origem lituana que havia se convertido na sombra de Paulo 6º, tinha motivos para lamentar a morte deste. Sua relação com Michele Sindona, um banqueiro ligado à Máfia, gerou suspeitas sobre a manipulação de dinheiro ilícito procedente dos EUA.
O escândalo explodiu em 1982, com a falência fraudulenta do Banco Ambrosiano, uma instituição católica da qual o Banco Vaticano era o principal acionista. A Santa Sé aceitou pagar milhões de dólares em indenizações a entidades estrangeiras afetadas pelo colapso do Ambrosiano. Roberto Calvi, presidente do banco, e Sindona optaram, supostamente, por suicidar-se. Marcinkus encontrou, entretanto, a proteção de João Paulo 2º, sucessor do papa Luciani, que o manteve no cargo até 1989. Um ano antes de se consumar a falência do Ambrosiano, o papa polonês sofreu um atentado gravíssimo, que as sucessivas investigações judiciais e o posterior julgamento não conseguiram esclarecer totalmente.
Outro tanto se pode dizer do assassinato, pelas mãos de guardas suíços, do comandante dessa histórica tropa papal, Alois Estermann, no mesmo dia em que foi confirmado em seu cargo, em maio de 1998. O Vaticano manejou melhor esse assunto explosivo, mas tampouco conseguiu evitar a gigantesca boataria em torno dele.
Foram os anos em que João Paulo 2º viajava pelo mundo e recebia no Vaticano, como um amigo pessoal, o padre Marcial Maciel, fundador dos Legionários de Cristo, uma comunidade de religiosos com enorme desenvolvimento e consideração no México e em outros países. Maciel era um personagem influente nos palácios vaticanos e um dos mais queridos colaboradores do papa. Com grande discrição, trazia o dinheiro para as arcas sempre exaustas da Igreja e enchia com multidões as cerimônias religiosas presididas por Wojtyla. Mas a conduta do mexicano estava na boca de todo mundo. Numerosas denúncias de ex-legionários o descreviam como um sujeito cínico e amoral e um pedófilo consumado.
João Paulo 2º resistiu até sua morte, na primavera de 2005, a que se tomassem medidas contra Maciel, que um ano antes abandonou seu cargo à frente dos Legionários e morreu em 2008 com 89 anos, sem ser molestado por ninguém.
Joseph Ratzinger, que sucedeu Wojtyla à frente da Igreja com a promessa de acabar com a corrupção interna, arquivou a investigação sobre Maciel. Mas com a morte do fundador ficou claro seu histórico sexual de um depravado sem atenuantes.
Tradutor: Luiz Roberto Mendes Gonçalves

É Hora de Decisão no Vau de Jaboque





"Levantou-se naquela mesma noite, tomou suas duas mulheres, sua duas servas e seus onze filhos e transpôs o vau de Jaboque. (...) ficando ele só; e lutava com ele um homen, até o romper do dia.

Vendo este que não podia com ele, tocou-lhe na articulação da coxa; desloucou-se a junta da coxa de Jacó, na luta com o homen. Disse este: deixa-me ir, pois já rompeu o dia. Respondeu Jacó: Não te deixarei ir se me não abençoares. Perguntou-lhe, pois: Como te chamas? Ele respondeu: Jacó.

Então, disse: Já não te chamarás Jacó, e sim Israel, pois como príncipe lutaste com Deus e com os homens e prevaleceste.

Àquele lugar chamou Jacó, Peniel, pois disse: Via a Deus face a face, e a minha vida foi salva. Nasceu-lhe o sol, quando ele atravessava Peniel; e manquejava de uma coxa. "(Gênesis 32:22-31)

Todos conhecemos a história de Jacó, que segundo a Bíblia, ao nascer, recebeu este nome, pelo modo que saiu do ventre de sua mãe:

"E, depois, saiu o seu irmão, agarrada sua mão ao calcanhar de Esaú; por isso, se chamou o seu nome Jacó." (Gênesis)

Logo depois, Jacó enganou seu pai Isaque, usando da astúcia e mentira para roubar o direito da primogenitura de seu irmão Esaú:

"E ele disse: Veio teu irmão com sutileza e astúcia e tomou a tua benção.Então disse ele: Não foi o seu nome justamente chamado Jacó? Por isso, que já duas vezes me enganou..." (Gênesis 27:35,36)

Alguns anos depois, Jacó, que fugira do seu lar, devido a ameaça de morte feita a ele por Esaú, a caminho da reconciliação com o mesmo, passa o Vau de Jaboque e luta com um anjo.

O Vau de Jaboque é lugar de mudança de caráter. É onde podemos decidir se queremos continuar tentando enganar a Deus e a nós mesmos, estagnados numa vida cheia de pecados ocultos ou nos entregamos 100% e rasgamos nossos corações diante Dele para sermos verdadeiramente transformados. 


Foi ali que Jacó resolveu sepultar o seu 'eu',  e decidiu largar o engano, a mentira, a astúcia que o acompanhava desde o seu nascimento.  Ali o Anjo do Senhor mudou o seu nome para Israel, que significa: 'aquele que luta com Deus'. 

O Senhor mudou o seu nome: agora, o antes chamado Jacó (enganador), se chama Israel (o que luta pela presença de Deus).

Creio que nós, como Igreja temos muito a aprender com este passagem bíblica. Pois a Igreja Evangélica têm passado momentos difícies e lamentáveis, com o envolvimento em escândalos variados, péssimos testemunhos e outros tristes fatos que insistem em tentar manchar a imagem da Noiva de Cristo perante o mundo.

Quando então, tomaremos posição ante estes tristes problemas e passaremos, como Jacó, no 'vau de Jaboque', dispostos a deixar os embaraços deste mundo e lutarmos para ver Deus face a face?

É hora de decisão. 


O Senhor precisa mudar completamente o nosso caráter e a Igreja precisa seguir urgentemente o exemplo de Jacó. 

É preciso muita coragem para mudarmos o nosso nome, sepultar os nossos erros e mostrar ao mundo uma verdadeira transformação de vida.

Ainda que o Anjo do Senhor, também toque 'a juntura de nossa coxa' e que mesmo 'mancando' possamos sepultar o Jacó (todo engano e mentira) e renascermos como o 'verdadeiro Israel de Deus'.

Vivendo como Igreja santa, vitoriosa e longe de todo recurso humano, somente dependendo da grande e poderosa presença do Senhor.